Mais de 20 cães já morreram envenenados
“Durante a presente época de caça já se registaram 24 óbitos de cães de caça por envenenamento. Este é um problema recorrente, nesta altura do ano, que também afecta a saúde dos proprietários.
O programa Antídoto- Portugal, a acompanhar esta situação desde 2004, alerta em comunicado para a falta de equipamentos das autoridades sanitárias para lidar com este tipo de situação: «As autoridades veterinárias não têm capacidade de actuação em casos de envenenamento».
Os veterinários municipais estão sob a alçada das autarquias e não da direcção-geral de veterinária. De acordo com o Ministério da Agricultura, apenas 15 por cento das Câmaras Municipais tem estruturas mínimas para alojar, necropsiar (autopsiar animais) e eliminar os cadáveres dos cães.
A fiscalização, por outro lado, está a cargo do Serviço Especial de Protecção da Natureza da GNR que recolhe amostras no terreno, com um kit fornecido pelo programa antídoto.
«O uso ilegal de venenos com o objectivo de matar animais é uma prática ainda muito frequente em Portugal e bem conhecida de todas as entidades relacionadas com a actividade cinegética», segundo os responsáveis do programa antídoto.
O Ministério da Agricultura confirma: «A queixa não é nova, é um hábito muito enraizado nalgumas zonas do país». Mas a Direcção-Geral de Recursos Florestais não recebeu qualquer reclamação de envenenamento durante esta época de caça.
Por isso, os responsáveis pelo Programa Antídoto alertam para a importância da denúncia. «Nenhum animal nesta situação deve ser eliminado sem autorização das autoridades. É fundamental que todos os proprietários dos animais que tenham sido envenenados apresentem uma queixa junto do posto da GNR mais próximo».
Para além de afectar os cães de caça, a estricnina espalhada pelos montes também é ingerida por outras espécies animais, algumas delas protegidas, comprometendo-as. É o caso das águias real e de boneli e dos lobos.
A estricnina é um veneno de uso ilegal em Portugal, mas continua a ser possível comprá-lo de forma ilícita no país vizinho e, possivelmente, em território nacional também.
Os proprietários que socorrem os seus cães, acabam muitas vezes por também manifestar sintomas de intoxicação e têm frequentemente de ser hospitalizados. Ainda este mês morreram quatro cães pertencentes a um grupo de caçadores e os homens que estiveram a tentar reanimá-los tiveram de ser hospitalizados na zona de Coimbra. “http://blogdosbichos.blogs.sapo.pt/449651.html
Esta é uma noticia já antiga…no entanto em 2008 este tipo de situações continua a aconteçer sem que nada modifique.
No Concelho do Cadaval estas situações também aconteçem e infelizmente com bastante frequência, casos na Murteira, Adão lobo e não só em que tivemos conheçimento que morreram alguns cães envenenados enquanto estavam soltos nos dias de caça.
Estas pessoas têm de ser punidas, tem de haver mais investigação destes casos, mais fiscalização e sobretudo mais intervenção da própria sociedade.
Os lesados têm de apresentar queixa para que as autoridades vejam que este tipo de crimes é mais frequênte do que as estatisticas nos mostram e só assim se consegue intimidar as pessoas que praticam estes actos.