A história do cãozinho cego…

 

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Fadista, foi o nome que inventei! Um cão que recolhemos num palheiro na Chão do Sapo, onde já sem forças se abrigou…

A história deste animal é bastante triste. Há pouco tempo recebemos o apelo de um senhor, alertando acerca de um cão que tinha aparecido no seu palheiro. Como  ainda não temos um sítio para abrigar os animais, disponibilizamo-nos para o levar ao veterinário. O senhor suspeitava que este cão tinha sido chumbado (chumbos na cabeça já cicatrizados), tinha perdido um olho e do outro pouco ou nada via. Estava num estado de fraqueza e debilidade muito grande… e tinha desistido da vida, é verdade, o pobre animal já nem reagia.

Para este cão “tanto faz, como fez”, ele demonstrava, pela sua apatia que já não se interessava por nada do que pudesse acontecer-lhe.

Continuando, o tal senhor não podia continuar a abrigá-lo no ” dito palheiro” e o animal teria que sair dali. Pedimos que ficasse com ele mais uma noite, após a consulta veterinário. Foi consultado nessa noite. O veterinário diagnosticou uma  infecção no olho que ainda conserva e na cavidade ocular esquerda, debilidade física e uma grande “apatia de cão”. Só queria estar enrolado a si próprio, para ele isso, apenas isso bastava.

Depois de comprarmos a medicação para que ele pudesse recuperar, levá-lo-iamos novamente até ao senhor que o acolheu no “palheiro”. Seria apenas e só mais uma noite, até porque já tinhamos arranjado uma sócia da APAC que se disponibilizou para o acolher e tratar temporariamente. Chegamos por volta das 22:45, para deixar o Fadista na casa do tal senhor e… nem atendeu o telefone, nem abriu a porta… ou seja… agora …”desenrasquem-se”!

Obrigado Sr. F******! Pelo menos ainda teve a sensibilidade de nos chamar para resolver o “incómodo”. Não obstante fez mais do que algumas pessoas fariam. Muitas se calhar nem no palheiro deixavam o bicho abrigar-se e nem o teriam alimentado quando por lá apareçeu quase moribundo.

Mas esta parte da história do Fadista acaba bem. Pernoitou na casa da padroeira dos animais do Cadaval (D. Carmen) e no dia seguinte foi direitinho à casa da nossa sócia Dra. Ana Pascoal, que o acolheu com toda a ternura e carinho. Teve logo direito a uma caminha na cozinha e umas lambidelas da cadela residente.

Esta a adaptar-se muito bem, vê muito mal mas mesmo assim consegue ir à rua sozinho fazer as suas necessidades. Já levou um banhinho, está medicado contra as infecções dos olhos e tem o conforto que nunca teve.

O Fadista só deve ter conhecido, maus tratos, fome e medo.

A APAC agradeçe à Dra. Ana Pascoal da Corrieira, toda a atenção e disponibilidade que ela, desde logo mostrou para com este animal .

Muito obrigado Ana

One thought on “A história do cãozinho cego…

  1. ana pascoal Janeiro 30, 2009 / 4:23 pm

    Pois fiquem sabendo q o Fadista chama-se Doggy e já não sairá cá de casa. É um cão adorável, calminho e meigo e já não está nada apático. Também graças à maluca da minha cadela que tem a energia de ter 1 ano e é hiperactiva, tendo ataques de querer à força fazer o Doggy brincar com ela e ele lá vai brincando. Dorme bem, come bem, damos passeios no campo que ele muito aprecia e o “must” é estar refastelado no sofá a ressonar. E dá-se bem com os gatos da casa.
    É pena que nem todas as histórias tristes de cães e gatos acabem assim.

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